sexta-feira, abril 28, 2006

Casino de Lisboa - Cocktail Dinnatôire

Vedetas e vedetinhas, armanis e plásticas. Uns aparecem para ver, outros simplesmente para serem vistos. "Gente que é gente, está cá". E eu também. Tudo está no sítio. Não há um cabelo no ar, nem uma careca despenteada ou sem lustro. Não há unhas sem verniz ou rugas sem base. Não há barbas por fazer, nem promenor sem cuidado. O aprumo é sem excepção e quase letal. Encarno a personagem do high society (leia-se medium), que recebo em copos de champagne e já sou um deles. O verdadeiro pseudo-vip. Os restaurantes, que inauguram, oferecem pequenos regalos para o estômago... mas mesmo muito pequenos. Só os intrujas, estratégicamente, se safam. Estamos na linha da frente. O ataque é fulminante e sempre dos mesmos que, volvidos mais alguns champagnes, trocam já entre si sorrisos cúmplices e comentários elogiosos aos appetizers. Dão ares de nouvelle cuisine e são uma satisfação, também visual. Bebo mais Chandon e fome já não tenho. Os que vão só para dizer que foram, já não estão. Cumpriram a sua missão, apareceram. Uns, já não têm "nem idade nem estatuto". Outros, á procura da sorte, mudaram de sala. Sobram os putos, alguns já têm 50, ou mais. Outros nem tanto. Mudo para um tónico. Vodka. Sempre na melhor companhia e em subtil regozijo, observo a evolução dos ânimos que, agora, é rápida. Dos meus também. Chegou ao fim e valeu a pena aparecer. Não somos os últimos, mas quase. Mudamos de sala. É nossa vez de procurar a sorte. Desta vez, encontrámos...

1 comentário:

Tiago disse...

Fico feliz por saber. Já era merecido. Não pode sair sempre vermelho...