quarta-feira, dezembro 26, 2007

Fragmentos

As palavras que escrevo têm vidas secretas que desconheço...

domingo, dezembro 23, 2007

...

Hoje...

...não sou nada. Sou um bocado de mil pedaços e desordenado. Traído por mim próprio, desarmado e vazio, sujeito-me à sombra do teu silêncio. Sem escolha...

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Frags...

As nuvens passam à mesma velocidade de um tempo que não é o meu. Não as consigo gerir e muito menos medir. Controlá-las é uma ilusão que não tenho e deixo-me estar. Fico a vê-las passar, ao sabor do vento, enquanto sentado numa corda que é bamba espero que o nascer-do-sol se sente, uma vez mais, ao meu lado.

Deep Waters

Dou um mergulho no mar que não sei revolto, as ondas rebentam-me na cara repetidamente e nem sabem. Sou puxado para trás e para baixo com a força de um mundo e por lá fico. Sem respirar. Indefinidamente. Não sei onde é o fundo ou o céu e não me mexo. Acabo por vir ao de cima apenas para levar com uma onda maior que a anterior. Sou puxado para trás e ainda mais baixo. O tempo, esse duplica e não passa. Conheço a pior sensação de que me lembro e veio para ficar. O mar é revolto e instável. Mas a água é quente e envolvente, viciante. Volto a mergulhar nele as vezes que forem precisas...

sábado, dezembro 15, 2007

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Palavras que (nunca) te direi...

Nunca escrevi tanto sem o mostrar. Escrevo de rajada, de um golpe. Num minuto ou durante horas, sentado em frente a um texto que cresce e ganha forma sozinho. Textos que escondo, onde as palavras avulso são tão fortes quanto as frases que formam. Parábolas e hipérboles enfatizadas que contam o que sinto e o que sou. Palavras fortes e incisivas que cumprem o seu propósito letra a letra. Frases que escondo, por agora...

(Des)abafo

Já não uso o meu cachecol. Pego nele junto ao nariz e decido não o levar. Não posso. Não devo. Distrai-me...

terça-feira, dezembro 11, 2007

...

Tocaram-me na alma e fugiram. E agora dói-me tudo. Por dentro.

Blue... again.

domingo, dezembro 09, 2007

Silver Book

Viro as páginas de um livro que não quero que acabe. É um livro sem paginação e encriptado. Tem folhas em branco e frases em cima de palavras soltas. Ilustrações livres e pinturas, fotografias e imagens vivas. Não tem príncipio nem fim. Labiríntico...

sábado, dezembro 08, 2007

...

Só a mim... a confiança trai à socapa. Sem dar por nada estou enfiado num poste. Consigo estragar a noite e não é só a minha. Cada um tem o que merece... se calhar mereço.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Instant Pictures...

São oito, as horas. O cão, que já espera, só quer rua. Não me apetece, mas não cedo à inércia. Pego no casaco, nas chaves e saio de casa. Elevador. Rés-do-chão... stop! . Esqueci-me da trela. Aproveito e apanho também o cachecol. Enrolo-o à volta do pescoço e sinto-te. O nó no estômago é instantâneo. E as imagens sucedem-se. Já não lhes consigo fugir nem quero...

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Gin & (W)hisky

Já estava marcada desde a última, era incontornável. Juntamo-nos quatro e um boteillon e deixamo-nos no rio. Entre gin com 7up e um ou outro do Paquistão a conversa viajou até Itália, Grécia, Croácia e mais umas que tais. Sempre à vela. A noite era para os duros e desses só havia dois, os piores. Nada de novo, o cenário é já conhecido. De copo em copo a cabeça vai-se perdendo e o corpo soltando. E depois acaba. Somos, como sempre, os últimos a sair e não nos importamos. Eis se não quando um animal irracional tem um espasmo e começa a distribuir fruta e bilhetes, inadvertidamente. É que isto chegou a um ponto, que se uma pessoa tem o azar de estar ao lado de um animal destes aquando de um click espasmático, é que vai tudo à frente. E foi, lá está. Acabados os espasmos, dá meia volta e pisga-se. Espectacular. - Onde é que está um oficial da lei quando é preciso? - Neste caso, a cerca de 10 metros. E ligo-lhes quatro vezes. Como não vieram eles, fomos lá nós. - Sente-se e espere. Vai demorar. E demorou. O que não demorou foi a chegarem daqueles chuis que gostam de ostentar a sua autoridade. Desses, eram aos pares de cada vez. Ainda tentei gravar, para a posteridade, o deplorável espectáculo que ali se passava. Mas cheguei a ser ameaçado de prisão e acatei a ordem. Não sem antes conseguir ser expulso da Super-Esquadra. Foram três os quartos da hora que ali estivémos. À espera. Sentados numa cadeira de pau, ignorados. E pela altura da formalização de todos os procedimentos burocrático-policiais já o animal dormia que nem um porco, que é. Para além de beber uns copos, o dinheiro que se paga numa discoteca dá também direito a uns quantos murros na testa e a outros tantos amassos. Ao que parece dá também direito a perder duas horas num estabelecimento policial, à espera. É uma experiência que aconselho aos mais arrojados...

terça-feira, dezembro 04, 2007

Hoje...

... o nascer do sol sentou-se ao meu lado.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Among the noise and the haste

Sinto-te perto, mas não sei se estás. Mais perto do que um simples toque. Estás sentada no fim do meu pensamento. E não te vejo. Sinto a paz no nosso silêncio e o estrondo que és no nosso confronto. Sinto o que nunca senti. Guerrilheira urbana e avassaladora, furacão gentil...

sexta-feira, novembro 30, 2007

Feelling blue...

...e nem me apetece escrever. Não me apetece nada. Estou parado.

quarta-feira, novembro 28, 2007

-.-. --- -.. . / -. .- -- . ---... / - .... . / .--. .- - ....

Força centrífuga e pura, sem atrito nem forma, magnética. Monte de vendavais às cores. Velocidade do som à velocidade da luz. Nunca e sempre...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Sonhei que acordava num sonho...

Acordei num quarto escuro que era o meu, mas noutro lugar. Lá fora o vento gritava com as árvores e não havia nem lua, nem sol. Era de noite. À luz fusca de uma lamparina dormia o cão. Também era o meu, mas branco. Levanto-me devagar, tropeço e caio no tecto. No lugar das janelas, estava uma parede e no lugar da cama uma porta. A cama, no lugar do tecto e o tecto no lugar do chão. O cão, junto à lamparina, dormia noutra parede, ainda mais branca que ele. Eu sentado no tecto, não percebia nada... Pensei que sonhava. Decidi voltar à cama que estava no lugar do tecto, que por sua vez estava no lugar do chão. Uma vez que eu estava sentado no tecto, a coisa complicou-se e acordei...

...

Frases sem resposta em causas já perdidas. Atitudes (des)compostas por razões desconhecidas. Enfrento-as, de copo vazio à luz da minha própria sombra. Sigo o meu caminho onde acelero e atraso o passo à velocidade do tempo e ao tempo do espaço. Não tenho pressa, mas sinto...

sábado, novembro 24, 2007

sexta-feira, novembro 23, 2007

Alguém disse...

"A criança é a máscara do velho"

Teixeira de Pascoaes

Farewell

Acabou-se. Não há mais 7º. Acho que agora é no 5º. Letra E. Acabou-se o D:Cool. Acabaram-se estas cores e esta marca. Acabaram-se as Solutions e acabou-se este espaço. Só não acabaram as pessoas, essas ficaram...

terça-feira, novembro 20, 2007

Às vezes...

... faltam-me as letras para formar as palavras com que escrevo o que sinto. Pego nas palavras vazias de letras e arrumo-as umas à frente das outras. Não dizem, não fazem sentido. Então, rasgo-as e volto a juntá-las e tento de novo...

segunda-feira, novembro 19, 2007

Traços que risco...

Risco um traço no chão. Traço um risco no tecto. Pego nesses riscos traçados e imponho limites que não deviam existir. Limites que não quero, mas que pinto. Olho e dou por mim fechado na sala, que é a minha vida, a analisar estas duas linhas de cor em fundo branco. E às vezes, no meio deste processo só meu, penso em desenhar mais traços. Escrever mais uma linha. Talvez mais duas, que únam as que já risquei. Um risco a tinta da china e um traço a lápis de carvão. Duas rectas que aproximem os meus impostos limites. Duas linhas que os tranformem, que os apaguem... Quero que se mudem os limites, já que não se mudam as vontades. Mas, por agora, vou deixar os traços que risquei, sozinhos um com o outro. Comigo atrás deles...

quinta-feira, novembro 15, 2007

quarta-feira, novembro 14, 2007

(Não) Sonhei?!

No outro dia passou-me um tufão à porta. Tempestuoso, acidentado e violento. Nem o senti chegar. Apesar de desordenado, aparentava alguma serenidade. Tão sereno que parecia magnético. E foi. Passou por mim e agarrei-o, mas não por muito. Apenas o suficiente para ele me varrer e me levar no seu passo turbinado. Passos largos e turvos. Passos elegantes e tão estrondosamente silenciosos, que nem ele dá por ele próprio. Um tufão e dos grandes que por momentos, impossíveis de quantificar em minutos ou horas, me levou em vôo picado por lugares que não existem, por sítios que não são. Acho que me levou sem dar por isso. Sem querer. E depois de voltas e mais voltas, que inevitavelmente acabaram num nó cego, largou-me de volta à porta de casa com os nós por desatar. Agora, todo eu sou um nó e não me importo. E mesmo que o conseguisse desfazer, que não consigo... não queria!

terça-feira, novembro 13, 2007

segunda-feira, novembro 12, 2007

Pandilha

s. f. (esp. Pandilla). Conluio entre vários indivíduos para enganar alguém. S. 2 género. Vadio, pulha, biltre, homem sem honra.

Gata ou Leoa?

Fragábola...

Parto, à deriva, num barco emprestado. Sigo as correntes, umas quentes outras frias, que me guiam sem lhes pedir. São instáveis, mas não quero outras. Na imensidão deste mar que guarda a minha viagem e os meus pensamentos, sou eu que crio as tempestades e as bonanças, mas sem o querer. Percorro estas milhas sempre com a sensação de que me falta alguma coisa. Sei perfeitamente o que é. Mas sempre que olho à volta, tudo parece mudar. Nesse instante, deixo de saber...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Hoje...

Fecham-se portas a pontapé. Abrem-se a pé-de-cabra. E só para se voltarem a fechar. Pesadas, de aço. Imunes às correntes de ar, são independentes e auto-suficientes. Não dependem nem de mim, nem de ti. Não dependem de nada. Nem delas próprias. Neste processo, ganha-se tudo num ano e perde-se tudo num fósforo. O tempo ou está parado ou então corre a velocidades vertiginosas, onde as horas são segundos e os minutos não existem. Só existe o oito e o oitenta. O meio-termo... é só uma ilusão. Não é lugar para desarmados. Nem para deslumbrados. Não é lugar para ninguém. Mas por lá, já todos passaram. E tu também. Faz parte, é inevitável. Eu... estou lá agora, desarmado.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Fragmentos

Sinto que não sei o que sinto. Sinto que sinto demais. Abro uma janela e uma porta, que se deviam manter encostadas e sento-me no meio da sala. O orgulho sai porta fora e com ele algum amor próprio. Não me importo, nem temo. Abro o livro e deixo-me ficar na posição mais debilitada que conheci...

Hoje...

terça-feira, novembro 06, 2007

É tudo uma questão de tempo(s)...

Tempos de espera cheios de pressa. Tempo de dar tempo ao tempo que não espera. Tempo sem descernimento. Tempo perdido, sem ganho. Tempos de me fugir o juízo, sem razão. Tempo de murros no estômago. Tempos de chuva e de adeus. Tempo de cada coisa a seu tempo... que quero ao mesmo tempo. Tempos de temporal. Tempos mutantes que tudo mudam. Tempo de esperar outros tempos...

sábado, novembro 03, 2007

Tonight is Poker Night!

Fragmentos

Acordo, de acordo com o que me é dado a entender, em baixo de mim próprio e consigo ver-te. É de manhã, de madrugada. À minha frente uma estrada sem fim (a)guarda os meus passos. Relutantes em avançar, estão imóveis. Mas obrigados pelo tempo, que por aqui não pára, têm de agir...

sexta-feira, novembro 02, 2007

Points of view I

"What's great about this country is that America started the tradition where the richest consumers buy essentially the same things as the poorest. You can be watching TV and see Coca Cola, and you know that the President drinks Coca Cola, Liz Taylor drinks Coca Cola, and just think, you can drink Coca Cola, too. A coke is a coke and no amount of money can get you a better coke than the one the bum on the corner is drinking. All the cokes are the same and all the cokes are good. Liz Taylor knows it, the President knows it, the bum knows it, and you know it."

Andy Warhol in The Philosophy of Andy Warhol: (From A to B and Back Again), 1975

quinta-feira, novembro 01, 2007

Dia D

D de distinto, diferente, talvez de decisivo, D de dar tempo ao tempo. D de dia D. D de não deitar tudo perder, D de dinâmica. D de demais e de desafio. D de deslumbrante ...

quarta-feira, outubro 31, 2007

S..B!

Estou bem, não penso em nada. Só no facto ali estar e sinto-me em casa. A garrafa de alentejano cumpre o seu papel e nós o nosso. O tempo parou à minha revelia... estou bem e não sei porquê. Só sei que assim o tempo não é. E eu, posso ser eu... outra vez.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Fragmentos

Perdido por cem... encontrado por ti. Desço a avenida dos meus sonhos e volto a perder-te. Desta vez para sempre. A descida é agora a subir e não me apetece. Deito-me no meio do caminho e, sem remédio, (des)espero por ti...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Friend is a four letter word. Wich one?

"To me... coming from you, friend is four letter word. And is the only part of the word that i heard. Call me morbid or absurd but to me, coming from you friend is a four letter word. When I go fishing for the words I'm wishing you would say to me - I am really only praying that the worse you'll soon be saying might betray the way you feel about me..."

quarta-feira, outubro 24, 2007

Back to the past...

Chego a casa, sem vontade. Nostálgico. Sem nada que o justifique, lembro-me do Brasil. Sentei-me, num cadeirão, eu e um velho whisky e ouvimos Vinicius... mais uma vez.

terça-feira, outubro 16, 2007

segunda-feira, outubro 15, 2007

Às vezes...

... acordo cinzento e as palavras dos outros passam-me ao lado, como se não fossem ditas. São balas perdidas que não me tocam. Nem eu próprio me vejo. Estou e sou automaticamente. Sou para todos o mesmo, menos para mim. Para mim sou cinzento.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Fragmentos...

...subo ali para cima e fico quieto a rever o que passou em menos de um fósforo. Ainda ontem aqui cheguei e amanhã já me vou embora. O vento forte não me abala e a chuva não me molha. Só as ondas que vejo à minha frente me merecem o respeito - que não tenho. Ali em cima, parado ao sabor do vento e à mercê da chuva, demoro a pensar em como agir. A vontade é uma coisa, o desejo outra e a realidade nenhuma delas. As decisões são feitas para serem tomadas. Certas ou erradas. E eu tomei. Pertenço ao tempo e é ele quem me dirá...

quinta-feira, outubro 04, 2007

Overseas...


Portugal e Brasil, United Kingdom e South Korea. Lisboa, Paço d'Arcos, Braga, Almada e Algés. Curitiba, São Paulo e Campo Grande, Goiania, Belém, Rio de Janeiro, Vitoria e Salvador, Uberaba, Poços de Caldas, São Luís, Passo Fundo, Itamarajú, Florianópolis, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasilia. Bushey, Seoul, Americana, Brentford e Iver.

Sem razão aparente ou mérito algum sou visitado por todos estes lugares, países, cidades, sítios. Dá-me um prazer, sem medida, saber que ando em casas tão distantes, nem que seja por engano. Era bom saber como chego a cada um destes lugares e porquê? A todos eles apenas posso dizer: welcome, bem-vindo, 欢迎!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Parábola ou Fragmento?

Tropeço mais uma vez, sem cuidado. Dois, três passos... chão. Olho para todos os lados, à procura e não vejo ninguém. O sol já era e continua a chover. Numa esquina, alguém que, certamente, é suspeito de algo, ri-se baixinho. A silhueta é disforme e abstracta e os candeeiros, cansados, não ajudam. Acho que não era ninguém. Levanto-me constrangido e continuo o caminho. Já não chove. Entro noutra rua, ali à direita. É um beco, não tem saída e parece um circo. Está cheia de ursos e leões trapezistas, mulheres de fogo e controcionistas, anões mágicos e ilusionistas, elefantes que são homens e mulheres que são elefantes. Só há um palhaço. Numa azáfama muda e a preto e branco, todos actuam, uns para os outros, sem se verem. E a mim também não. Passo por eles sem dar por isso e estou de novo sozinho. Sentado no ponto mais longínquo da minha existência...

sábado, setembro 15, 2007

quarta-feira, setembro 12, 2007

As vezes...

... fico sem palavras. Acabam, sem me dizer. Viajam para longe e já não as vejo. Acho que já não voltam. (Porque haviam de o fazer!?). Fartaram-se de mim e não as censuro...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Parabéns!

Hoje faz anos um homem com alma. Alma de criança em corpo de gigante. Hoje faz anos um homem que faz falta. Hoje faz anos um navegante. Navegante da vida das letras e das palavras, capitão de um barco pirata. Único gigante que conheci.

sábado, setembro 08, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Às vezes...

... demora a cair-me a chapa. Caiu hoje.

quinta-feira, setembro 06, 2007

PokerStars.com World Cup of Poker

Portugal participou, nestes últimos dias, no Campeonato do Mundo de Póquer promovido pelo site PokerStars.com. Para quem gosta de póquer, este foi um torneio no mínimo interessante, quanto mais não seja porque Portugal tinha uma modesta representação. Basicamente este é um torneio de equipas, onde são jogadas 5 heats, cada uma delas por um jogador diferente de cada país. Juntamente com Portugal participaram países como a Islândia, Roménia, México, Irlanda, Canadá, Estados Unidos e Alemanha. Portugal, como era de esperar, sendo um país com pouca tradição neste "desporto" não prometia grande prestação e isso confirmou-se... até à última heat. Depois de 4 heats pouco expressivas e jogadas de forma muito conservadora por parte dos nossos jogadores, heis que chega Nuno "The Maniac" Coelho. No início do jogo Portugal tinha ainda hipóteses de chegar à final e à oportunidade de ganhar 100 mil dólares, para isso precisava de fazer com que os Estados Unidos e a Irlanda perdessem rapidamente. "The Maniac" não se acanhou. Desde o princípio do jogo tomou uma postura agressiva e pro-activa, sem medo, com intimidantes e por vezes escabrosos bluffs e jogadas loucas. Proporcionou de longe a melhor e mais empolgante heat do torneio e todos estavam rendidos à agressividade do português que num instante se colocou à frente dos mais directos adversários. Tudo estava em aberto e o Nuno em bom plano. Um bom ritmo de jogo e constantemente a subir as apostas de forma a pressionar o irlandês e o americano. Numa jogada louca de frieza e calculismo The Maniac acaba com as esperanças dos mexicanos e dos irlandeses batendo os all-in de ambos. Tudo parecia bem encaminhado com a saída do irlandês, mas depois de feitas as contas o facto de ter forçado a derrota ao mexicano garantiu um lugar na final ao americano, o seu mais directo adversário. Ingrato. Mas Portugal viu a sua honra renovada e o seu orgulho restaurado com esta prestação de Nuno Coelho que acabou mesmo por ganhar heat e garantir os 5000 mil dólares reservados ao vencedor. Mostrou a raça nacional e não nos deixou passar despercebidos. Se mais houvesse como ele naquela equipa tínhamos, seguramente, chegado à final.

terça-feira, setembro 04, 2007

Às vezes...

... apetece-me gritar, sem que me oiçam.

Sonhei!? IV

O mundo caiu-me aos pés e eu com ele. O chão abriu-se ao meio e é o vazio que me recebe. Continuo a cair mas sem dar por isso. Tudo o que era, aparentemente e num segundo deixou de ser e não me reconheço. Nem aos outros. Adormeço num son(h)o pesad(el)o e espero que tudo passe... se acordar. Agarro-me às paredes do chão aberto, mas são lisas e não me agarram. A queda é lenta, constante e longa. Para sempre...

segunda-feira, agosto 27, 2007

(Di)Versos

Versos diversos e dispersos deambulam devagar, ao pé de mim. Às vezes, digo-os com vergonha, outras, sem me aperceber. Há vezes que os digo e eles fogem. Outras que não os quero dizer. Há dias que me viro e os vejo, mas que não me quero deixar ver... por vezes são eles que, em gracejo, se acabam por esconder.
São versos diversos, que por vezes perversos vagueiam devagar, ao pé de mim, sem correr... Vezes houve que sem saber, os pisei numa letra, mas sem o querer. E de diversos e dispersos versos, como se de uma catá(e)strofe se tratasse, ficou apenas o que é perverso para que eu nunca mais os falasse... e agora não os falo mesmo!

D:Sunset Summer Party - Uncensored

O mote foi lançado. As mais altas instâncias manifestaram-se e ânimos explodiram. Concurso de celebração do fim do FY07. Qualquer um, desde que parte integrante da família Deloitte, podia participar. Um evento criado por profissionais Deloitte para profissionais Deloitte. A casa quase vinha abaixo. Regras do concurso, só uma – equipas compostas por profissionais de, pelo menos, 4 áreas diferentes. Acatado o regulamento e reconhecidas as regras, dá-se início à chuva de propostas. Choveram para todos os gostos e feitios. Já encharcado, o soberano e distinto Comité de Avaliação tinha a difícil tarefa de escolher a melhor. E escolheu. Nasceu assim, da mente de 7 vencedoras, o conceito D:Sunset Summer Party. Até ao nascer do sol. À medida que o dia D (não) se aproximava os casos de ansiedade crónica multiplicavam-se. E não era para menos. Nesse dia a tarde era livre. Por própria conta e risco. Era vê-los a fugir para a praia numa de trabalhar no contraste D:White – conceito proposto pela organização e mais que bem aceite por todos. O início estava marcado para as 18 horas e houve mesmo quem chegasse antes, tais eram as expectativas. O primeiro contacto com o cenário da festa deixou, de imediato, antever que vinha por aí arromba. E foi mesmo. A paisagem era de sonho, a decoração à medida e a disposição dos convidados das melhores que se tem visto. A noite caía e os ânimos cresciam. Houve lugar para o casal D:White ter os seus minutos de fama e para as 7 magníficas o seu merecido reconhecimento. O bar, que era aberto, recebia com eficiência todos quantos o solicitavam. E não eram poucos, que o diga a caipiroska que em menos de nada dá por si e já não havia. No palco, umas vozes afinadas e outras nem tanto, proporcionavam aos mais reservados momentos de puro regozijo. Ainda se descobriram dois ou três artistas, desde logo contratados para a próxima festa, a acontecer em Outubro (deixa ver se pega)! O sol já não era. A noite, uma criança. De repente e quase sem aviso volta a ser dia. Aos pés do Cristo Rei, um camarote VIP para um dos melhores momentos da noite, um espectáculo de luz, cor e som de desarmar qualquer um. Depois disto já nada se estragava, antes pelo contrário. DJ na caixa e música na pista. O ão da fest era já garantido. Os mais reservados deixam as reservas de lado e juntam-se aos veteranos. As máscaras institucionais já não existem e a partilha do momento é transversal. A noite é livre e tem vida própria. Ao som dos clássicos une-se a D:Family que vista, nem tão de longe quanto isso, parece uma onda branca de boa disposição, bom ambiente e puro divertimento.
Desta nunca mais me esqueço. Até Outubro!

sexta-feira, julho 27, 2007

Tróia Summer Overture

Deu-se início ao Verão lá para os lados de Tróia. À parte de um ou outro acontecimento de significância reduzida, a coisa mantém-se. Como sempre, sou recebido com a excelência que caracteriza o povo daquelas terras e sinto-me mais que em casa. O porto que me abriga é digno só de alguns e não me é desconhecido. A noite desenrola-se de forma natural e o destino está traçado. A boa disposição e o tempo que é quente, anunciam a abertura da época. As caraças, como sempre, vão caindo. Os copos, requisito mais que incontornável, não param de chegar... O seu efeito, para uns (muito) mais do que para outros, é devastador. A meio da noite apercebo-me do mais recente e bombástico programa, digno do primetime da MTV e não mudo mais de canal. E ao que parece não sou o único. É um campeão de audiências. Tem todos os condimentos que caracterizam um mega-êxito - drama, comédia às paletes, momentos de extremo constrangimento, impacto, surpresa, jogo e apostas a dinheiro, uma superstar de grande talento e muito mais. Tudo isto... ao vivo! De chorar a rir. Literalmente. E como nestes programas o palco é o que menos i(co)mporta, o espectáculo continuou para alguns previlegiados... não fui um deles, infelizmente. Mas uma coisa é certa, o Verão está aberto lá para os lados de Tróia.

quarta-feira, julho 04, 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

Às vezes...

... acho que não existo. Parece-me que não sou. Nem eu nem os outros. Invisível. Perdido. Suspenso.

sexta-feira, junho 15, 2007

Circuito Casal Mai Lindo 2007 - Full Loaded

Sonhei!? III

Traço uma recta no céu com o meu pensamento perdido. Subo... e com as minhas mãos estico essa recta até ao infinito, sem saber muito bem porquê, induzido. É exactamente o que tenho de fazer. Prendo-a numa nuvem, e assim posso viajar até onde quiser, por todo o planeta... mas não é fácil, ela não quer e foge de mim aos gritos, diz que não usa coleiras. Minto e digo-lhe que é um colar, em tempos usado por uma rainha, uma daquelas do antigamente. Aceita, desconfiada e contrariada. E começa a chover. É o que acontece quando se mente ou contraria uma nuvem, choram. Não me importei, por mim até podia nevar... só queria um sítio, bem alto, para prender a minha recta. E prendi...

segunda-feira, maio 28, 2007

Até D(el)ói(tte)!

Acordo de manhã, devagar e sem vontade... Salto da cama sem outro remédio. Ainda desacordado enfio-me contrariado em água fria. Daquelas que acorda uma pedra. Faço o que tenho a fazer e dou por mim já de farda, bem bonita e com classe. Espera-me uma caminhada infernal a principal culpada de não querer acordar... mas é inevitável, tenho de a enfrentar. E enfrento, corajoso que sou. Um pé depois do outro e o destino vai chegando. É no sétimo. Bom dia para aqui, bom dia para ali... o trabalho já me aguarda impaciente e amontoado um no outro. Dou cabo dele sem misericórdia e com os olhos postos no fim do dia...

quarta-feira, maio 09, 2007

Fechado para Balanço

Estive fechado para balanço! Mas o regresso está garantido e espero que com uma assiduidade mais constante e conteúdos satisfatórios. Balanceei, balanceei e cheguei a conclusões. Talvez precipitadas. Concluiu-se, após balanço intensivo e pseudo-analítico, que neste já médio-longo período, de mais de um ano de vida, ocorreram um sem fim de devaneios e depressões diferenciais. As temperaturas mínimas rondaram os 0 graus centígrados e as máximas não muito mais que isso. As isolinhas a Norte revelaram anomalias positivas graves, com ocorrências de frases parcialmente nubladas e altas pressões a Sul que confirmam os padrões climatológicos. As zonas de relevo foram poucas, mas boas, sem por isso justificar as frentes frias que aqui e ali se verificaram. As previsões para o próximo período não são as melhores uma vez que se esperam, na generalidade, o mesmo tipo de condições inócuas do período transacto...
Dou, então, como oficialmente aberto o segundo período de vida do Parábolas e Fragmentos.

segunda-feira, março 19, 2007

Xarope de Poeta!

21h30m... Chego sem surpresa à hora marcada mais cinco! Subo as escadas de caracol esbafurido, mas sem necessidade. Faço o que me compete e tudo está pronto. Dá-se início ao xarope! O poeta de idade generosa é o único que está na sala. A conta-gotas e poucas vão chegando os ouvintes. Não são mais do que uma dúzia! Quatro são fotógrafos e três estão ao serviço, como eu! Dos restantes, dos verdadeiros ouvintes, dois estão, literalmente, a dormir acordando de um salto com a tosse do poeta. Os restantes fingem um interesse imenso e soltam esboços falsos de gargalhadas de circunstância. O discurso é vazio e perde-se o fio à meada repetidamente: " Do que é que estávamos a falar?", "Opah, parece que agora me perdi." - O entrevistador lá o relembra mas não serve de muito. Até as falsas gargalhadas são agora inaudíveis e as caras estão fechadas. O senhor é simpático, mas o seu discurso é enfadonho. O xarope é dos fortes! Para o homem não há remédio que o safe. Só a leitura breve de alguns poemas dá alguma serenidade ao momento. Poemas esses que o inchado poeta se apressava a explicar e dissecar, verso a verso, provocando a perda imediata de qualquer hipotética magia que pudessem ter. Poeta simpático e ao que diz bom poeta, mas a idade já não perdoa e a memória hoje não veio. Entre constatações que pareciam tiradas a ferros e porradas na mesa dignas de acordar qualquer um, mesmo que em coma, lá se foram abrindo as caras com a perspectiva do fim no horizonte. Todos aguentaram estóicos até ao final e a merecida recompensa chegava finalmente... bolos secos com três, quinze dias, sumos e café aguado. Bebo dois!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

terça-feira, janeiro 23, 2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Miss René Magritte

Sonhei!? - II

Sentado, quieto e posto a um canto, numa sala sem paredes ou tecto, olho para mim próprio... ao longe! Do chão que não existe, mas onde estou, vejo-me no presente e não caio. Seguro, imóvel e suspenso olho para a minha vida, mas não lhe toco. Não posso! É um ficheiro só de leitura. Sou um mero espectador e não dos mais atentos. Às vezes, consigo por instantes, vislumbrar o futuro, uma porta ou uma janela que aparecem sem aviso, de surpresa. Levanto-me num espasmo e começo a correr no vazio. É inútil. Não saio do mesmo lugar. E quanto mais corro maior se torna a distância. Desisto e volto a sentar-me, exactamente no mesmo sítio. Não me movi um centímetro. A porta ou a janela já não existem. Desapareceram na escuridão do horizonte. Olho para trás e são infinitas aquelas por onde já passei. Umas grandiosas e imponentes outras simples e humildes. Não quero voltar, não me interessa. Sentado quieto e posto a um canto, espero ansioso pelas próximas, seguro, imóvel... suspenso.