sexta-feira, maio 30, 2008

Ribeira Raíz

Saí e voltei às raízes, a uma das que tenho. Já tinha saudades. A mística do espaço com a mistura das individualidades serve de base à fórmula mágica que envolve este lugar. É um sítio que faz parte de quem sou, embora já não o fosse há muito. A recepção, essa é sempre a mesma - é serena e cheia e o trato é de perto, chegado e familiar, mesmo se não nos conhecermos - já o tempo por estas bandas não morre, passa a correr. É daqueles lugares onde as noites são dias compridos e os dias são curtos demais. É daqueles sítios que temos, que são nossos, onde estamos completamente à vontade e que existem à nossa medida. Quero guardar, cultivar este lugar e as pessoas que fazem dele mágico, o mais que conseguir...

sexta-feira, maio 23, 2008

É nóis!

No words

São voltas e mais voltas e independentemente do número das voltas que dou, volto sempre ao mesmo lugar. Os erros são os mesmos, mesmo que o sejam de maneira diferente. São erros. Um dia, cada vez mais perto, não vai haver lugar a mais voltas à volta dos mesmos...

quarta-feira, maio 14, 2008

Hoje...

...faço mais um para juntar aos outros que já tenho. E não me pesam, ainda. Hoje é dia de olhar para dentro e para a frente.

sábado, maio 10, 2008

quinta-feira, maio 08, 2008

Waiting

Agarro-me, inquieto, a um bloco de guardar letras. Preto de capa dura. Sinto uma urgência em escrever e não a sei explicar. Não tenho nada para dizer. Faltam-me os temas, a inspiração. Não sinto nada por nada, pelo menos não com força necessária que obrigue a que me caiam as palavras. Sinto falta dessa(s) força(s). Catalisadora de intensidade e do sentido de sentimento. E gosto dela, da força que me apura os sentidos. Nem que seja só porque me faz escrever.  Não sei se melhor, mas mais, pelo menos. E ainda a tenho, sinto-a, adormecida, ao meu lado. Mas essa descansa em mim imperturbável. Não se devem acordar furacões. Podemos não ter como os dominar. Assim, resta-me procurar outra, nunca igual, que me leve de volta ao lugar onde gosto de estar. Sentado no topo da minha existência, de guarda-letras preto numa mão e carvão na outra limito-me, (im)pacientemente, a esperar...

quarta-feira, maio 07, 2008

sexta-feira, maio 02, 2008

Becos

São sem saída os caminhos feitos de ruas estreitas que percorro, consciente. O aroma é incontornável, como a vida e o toque. Sei (agora) que são caminhos sem destino e não me importo. Não me apetece estar noutros, não os sinto nem vejo. São trilhos perigosos que me prendem enquanto me perdem. Tão perigosos como provocantes. O ambiente destas ruas é tenso. De uma tensão tão tremenda que me gelam os ossos. São caminhos que faço de sorriso rasgado debaixo de um dia de sol, já sem nuvens. Caminho sem destino e mutante, de vontade própria e imprevisível, desafiante. Um percurso de obstáculos onde salto por cima e passo por baixo, onde me desvio e fico preso, onde me solto e prendo de novo. Caminho viciante que vou conhecendo de cor, apesar de ser sempre diferente. Ruas e estradas e becos e caminhos (até agora) sem saída que percorrerei sempre, até a encontrar...