quarta-feira, dezembro 26, 2007

Fragmentos

As palavras que escrevo têm vidas secretas que desconheço...

domingo, dezembro 23, 2007

...

Hoje...

...não sou nada. Sou um bocado de mil pedaços e desordenado. Traído por mim próprio, desarmado e vazio, sujeito-me à sombra do teu silêncio. Sem escolha...

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Frags...

As nuvens passam à mesma velocidade de um tempo que não é o meu. Não as consigo gerir e muito menos medir. Controlá-las é uma ilusão que não tenho e deixo-me estar. Fico a vê-las passar, ao sabor do vento, enquanto sentado numa corda que é bamba espero que o nascer-do-sol se sente, uma vez mais, ao meu lado.

Deep Waters

Dou um mergulho no mar que não sei revolto, as ondas rebentam-me na cara repetidamente e nem sabem. Sou puxado para trás e para baixo com a força de um mundo e por lá fico. Sem respirar. Indefinidamente. Não sei onde é o fundo ou o céu e não me mexo. Acabo por vir ao de cima apenas para levar com uma onda maior que a anterior. Sou puxado para trás e ainda mais baixo. O tempo, esse duplica e não passa. Conheço a pior sensação de que me lembro e veio para ficar. O mar é revolto e instável. Mas a água é quente e envolvente, viciante. Volto a mergulhar nele as vezes que forem precisas...

sábado, dezembro 15, 2007

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Palavras que (nunca) te direi...

Nunca escrevi tanto sem o mostrar. Escrevo de rajada, de um golpe. Num minuto ou durante horas, sentado em frente a um texto que cresce e ganha forma sozinho. Textos que escondo, onde as palavras avulso são tão fortes quanto as frases que formam. Parábolas e hipérboles enfatizadas que contam o que sinto e o que sou. Palavras fortes e incisivas que cumprem o seu propósito letra a letra. Frases que escondo, por agora...

(Des)abafo

Já não uso o meu cachecol. Pego nele junto ao nariz e decido não o levar. Não posso. Não devo. Distrai-me...

terça-feira, dezembro 11, 2007

...

Tocaram-me na alma e fugiram. E agora dói-me tudo. Por dentro.

Blue... again.

domingo, dezembro 09, 2007

Silver Book

Viro as páginas de um livro que não quero que acabe. É um livro sem paginação e encriptado. Tem folhas em branco e frases em cima de palavras soltas. Ilustrações livres e pinturas, fotografias e imagens vivas. Não tem príncipio nem fim. Labiríntico...

sábado, dezembro 08, 2007

...

Só a mim... a confiança trai à socapa. Sem dar por nada estou enfiado num poste. Consigo estragar a noite e não é só a minha. Cada um tem o que merece... se calhar mereço.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Instant Pictures...

São oito, as horas. O cão, que já espera, só quer rua. Não me apetece, mas não cedo à inércia. Pego no casaco, nas chaves e saio de casa. Elevador. Rés-do-chão... stop! . Esqueci-me da trela. Aproveito e apanho também o cachecol. Enrolo-o à volta do pescoço e sinto-te. O nó no estômago é instantâneo. E as imagens sucedem-se. Já não lhes consigo fugir nem quero...

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Gin & (W)hisky

Já estava marcada desde a última, era incontornável. Juntamo-nos quatro e um boteillon e deixamo-nos no rio. Entre gin com 7up e um ou outro do Paquistão a conversa viajou até Itália, Grécia, Croácia e mais umas que tais. Sempre à vela. A noite era para os duros e desses só havia dois, os piores. Nada de novo, o cenário é já conhecido. De copo em copo a cabeça vai-se perdendo e o corpo soltando. E depois acaba. Somos, como sempre, os últimos a sair e não nos importamos. Eis se não quando um animal irracional tem um espasmo e começa a distribuir fruta e bilhetes, inadvertidamente. É que isto chegou a um ponto, que se uma pessoa tem o azar de estar ao lado de um animal destes aquando de um click espasmático, é que vai tudo à frente. E foi, lá está. Acabados os espasmos, dá meia volta e pisga-se. Espectacular. - Onde é que está um oficial da lei quando é preciso? - Neste caso, a cerca de 10 metros. E ligo-lhes quatro vezes. Como não vieram eles, fomos lá nós. - Sente-se e espere. Vai demorar. E demorou. O que não demorou foi a chegarem daqueles chuis que gostam de ostentar a sua autoridade. Desses, eram aos pares de cada vez. Ainda tentei gravar, para a posteridade, o deplorável espectáculo que ali se passava. Mas cheguei a ser ameaçado de prisão e acatei a ordem. Não sem antes conseguir ser expulso da Super-Esquadra. Foram três os quartos da hora que ali estivémos. À espera. Sentados numa cadeira de pau, ignorados. E pela altura da formalização de todos os procedimentos burocrático-policiais já o animal dormia que nem um porco, que é. Para além de beber uns copos, o dinheiro que se paga numa discoteca dá também direito a uns quantos murros na testa e a outros tantos amassos. Ao que parece dá também direito a perder duas horas num estabelecimento policial, à espera. É uma experiência que aconselho aos mais arrojados...

terça-feira, dezembro 04, 2007

Hoje...

... o nascer do sol sentou-se ao meu lado.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Among the noise and the haste

Sinto-te perto, mas não sei se estás. Mais perto do que um simples toque. Estás sentada no fim do meu pensamento. E não te vejo. Sinto a paz no nosso silêncio e o estrondo que és no nosso confronto. Sinto o que nunca senti. Guerrilheira urbana e avassaladora, furacão gentil...