Já estava marcada desde a última, era incontornável. Juntamo-nos quatro e um boteillon e deixamo-nos no rio. Entre gin com 7up e um ou outro do Paquistão a conversa viajou até Itália, Grécia, Croácia e mais umas que tais. Sempre à vela. A noite era para os duros e desses só havia dois, os piores. Nada de novo, o cenário é já conhecido. De copo em copo a cabeça vai-se perdendo e o corpo soltando. E depois acaba. Somos, como sempre, os últimos a sair e não nos importamos. Eis se não quando um animal irracional tem um espasmo e começa a distribuir fruta e bilhetes, inadvertidamente. É que isto chegou a um ponto, que se uma pessoa tem o azar de estar ao lado de um animal destes aquando de um click espasmático, é que vai tudo à frente. E foi, lá está. Acabados os espasmos, dá meia volta e pisga-se. Espectacular. - Onde é que está um oficial da lei quando é preciso? - Neste caso, a cerca de 10 metros. E ligo-lhes quatro vezes. Como não vieram eles, fomos lá nós. - Sente-se e espere. Vai demorar. E demorou. O que não demorou foi a chegarem daqueles chuis que gostam de ostentar a sua autoridade. Desses, eram aos pares de cada vez. Ainda tentei gravar, para a posteridade, o deplorável espectáculo que ali se passava. Mas cheguei a ser ameaçado de prisão e acatei a ordem. Não sem antes conseguir ser expulso da Super-Esquadra. Foram três os quartos da hora que ali estivémos. À espera. Sentados numa cadeira de pau, ignorados. E pela altura da formalização de todos os procedimentos burocrático-policiais já o animal dormia que nem um porco, que é. Para além de beber uns copos, o dinheiro que se paga numa discoteca dá também direito a uns quantos murros na testa e a outros tantos amassos. Ao que parece dá também direito a perder duas horas num estabelecimento policial, à espera. É uma experiência que aconselho aos mais arrojados...
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1 comentário:
fogo as minhas noites afinal são softs! Obrigado pela relativisação!
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