quinta-feira, dezembro 10, 2009

Flashback


À memória, imagens que parecem irreais e de outro tempo, de outra vida. Somos outros. Distintos. Diferentes.

Kompensan?

Não há nada pior, para mim, do que deixar uma impressão errada. Permitir que uma pessoa - ou mais grave, um grupo delas -  fique com a ideia de que sou, de alguma forma, qualquer coisa que não sou. Não se pode estar sempre bem - bem sei - nem tão pouco agradar a todos. Mas, no caso concreto, a falha é minha. Pior, apercebi-me da falha, da entrada a pés juntos, fora de tempo, do tom, do desafino do discurso. Tive a nítida sensação que não se pedia tanto. Não daquela forma. Apercebi-me por breves segundos, enquanto falava, mas não realizei. Não interiorizei. Não liguei. E não desfiz o que já tinha feito. Deixei uma impressão que não é a minha, com a qual não me identifico. Custa a digerir...

L.

Na vida nada é certo. Ela própria muito menos. E pode fugir-nos, assim, do nada. Num instante, num sopro, numa brincadeira, sem dar tempo... desaparece. Sem ser suposto, apaga. Ficam as histórias e as memórias, as imagens e as viagens. Ficam, diferentes em cada um. Ficam os momentos e as palavras, ficam os disparates e as gargalhadas. Ficam os sorrisos. Esses ficam para sempre. Esses guardam-se. Eu guardei...até já.

sábado, dezembro 05, 2009

Arte De Raiz

Gosto de peças de raiz. Peças que pela força da sua presença parece que ganham vida. E ganham. Peças que parecem intocadas, que parecem ser como sempre foram. Naturalmente bonitas. Fortes. Vivas.

Just a thought...

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto...

Bernardo Soares