Há coisas curiosas... às vezes, quanto mais sinceros somos mais conseguimos afastar o que queremos por perto. Se há coisa que aprendi nos últimos tempos é que falo demais. Tenho de aprender a calar a boca. Há palavras que devem ficar por dizer. Sempre. Mesmo que supliquem para ser ditas. Mesmo que gritem um desabafo. Não podem. Tenho o coração colado à boca e não consigo guardar para mim o que me apetece dizer. Por qualquer uma razão, meio mórbida e de certa forma masoquista, acabo sempre por cometer o erro, consciente, de dizer o que sinto. Dou constantemente tiros no meu próprio pé. E mesmo com o mesmo todo furado, sei que hei-de voltar a fazê-lo. Acho que faz parte da minha natureza, ingrata que é. Posso esconder-me atrás disto o quanto quiser. Mas engano-me. E sei disso. O que sou é burro. E um burro, uma besta, é um ser que não pensa. E eu não penso. Pelo menos não antes de dizer. Sinto e disparo, uma e outra vez contra o meu próprio pé. E sempre o mesmo. Cada tiro que dou, como as palavras que digo, fazem-me recuar num tempo que já era. É uma guerra que estou destinado a perder. E não aprendo. Não consigo. (Contigo) simplesmente digo. Disparo...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
"Então conta lá onde é que ele está?" heheheh
Esta foi a tua melhor de sempre!!!
Meu amigo gosto tanto de ler o que escreves :) já lá vão 6 dias sem noticias tuas...não pode ser
Beijinhos muito grandes
Enviar um comentário