domingo, novembro 26, 2006

Para Perder o Tempo!

Dias que passam sem nada para dizer (leia-se escrever) apressam o dia em que algo tem de ser dito (leia-se escrito), sem, no fundo, ter para dizer seja o que for! A simples necessidade de dizer (leia-se escrever), que provém de lugares tão obscuros como a minha mente, ou a tua, nada mais é do que tempo perdido. Tempo que perco com gosto e sem qualquer objectivo! É inútil o sentimento de não ter rigorosamente nada para escrever (leia-se dizer) e sentir-me obrigado a fazê-lo, por razão nenhuma! Não é nada fácil não dizer nada e ao mesmo tempo, que perco, ir dizendo..., sem na realidade o fazer! Requer anos de experiência, que não tenho! Dizer o dito por não dito... Então porque é que o faço?

domingo, novembro 19, 2006

segunda-feira, novembro 06, 2006

sexta-feira, outubro 27, 2006

domingo, outubro 22, 2006

Open Casal Mai Lindo 2006 - Bonnet Eventos

O dia era mais que esperado... O bichinho, que já estava instalado e à espera de ser solto, não me deixava dormir. Levanto-me decidido e com a vontade de um campeão. O pequeno almoço foi reforçado e devidamente nutrido. Chegamos às horas marcadas, eu e a minha parceira, prontos para a vitória. O ambiente era leve e quase familiar, mas pairava no ar, de forma quase imperceptível, a tensão da competição. Eram 20 os casais participantes e mais uns quantos voyeurs penetras. O Clube, que é sete, foi totalmente nosso durante um dia... Por todo o lado se via, o que pareciam ser formiguinhas a correr de um lado para o outro, numa azáfama anormal para um dia de sábado, era o Open Casal Mai Lindo 2006. O nervosismo sentia-se à flor de algumas peles, mas da minha não! Iniciam-se os jogos e desde esse momento não ouve descanso, a raquete não era menos do que a continuação do braço. Pontos e serviços, raquetes e faltas, ases e voleys. Bolas cortadas e outras puxadas, umas que são fora e outras na linha, muitas na rede e algumas na bancada... No fim de contas e apurados os vencedores e os vencidos, é tempo do jantar de campeões e isso todos o fomos... Entre jarros de sangria e muita picanha, a análise minuciosa do evento é o tema principal. Entregam-se os prémios e as taças. E todos saímos de lá vencedores independentemente da classificação... pelo menos eu saí!

terça-feira, outubro 17, 2006

segunda-feira, outubro 02, 2006

quarta-feira, setembro 27, 2006

quinta-feira, setembro 21, 2006

Grand Theft Auto

Três da manhã. Os degenerados, expulsos pelos horários, dão às ruas um cheirinho da vida diurna. Alguns saem em grupo e outros são casais, muitos são bêbados e outros tantos estão sozinhos. Numa azáfama contida, os poucos que ganharam vangloriam-se e os muitos que perderam pouco ou nada dizem... Eu também saio, não sozinho, mas com menos uns quantos poucos euros a pesarem-me no bolso. Dou por mim e as chaves que são da casa e que estão sempre com as do carro, as duas juntas no meu bolso, também já não pesavam...! Ao que parece ficaram no carro... Sem meias medidas e com o apoio e experiência do meu versátil assistente, habituado pela vida a este tipo de situações de risco, iniciamos, eu e ele, uma complexa tentativa de assalto à minha própria viatura. Depois de improvisarmos as ferramentas necessárias ao arrombamento, passamos à acção! Acção demorada e suspeita que merecia o olhar subtil, mas totalmente desconfiado de todos os que passavam. E não eram poucos... Entre calhaus de tijolo e um arame ferrugento, várias tentativas e nenhum sucesso. Foram passando os minutos, talvez já uns quarenta, assim como uns transeuntes, dos mais resistentes, e por fim os "fogareiros". A rua estava agora vazia e as chaves ainda lá dentro. De repente, um chiar de pneus confirmou o que já achávamos de muita estranheza não ter, ainda, acontecido - o aparato policial. De todas as direcções possiveis bloqueando qualquer rota de fuga lá vêm os nossos amigos de azul. Três carros cercam o nosso perímetro e tal-qual Strike Team, caçadeira e tudo entre mãos, cheios de vontade de actuar começam no seu habitual registo. "O carro é meu e deixei as chaves lá dentro!" - Acho que por breves momentos vi tristeza nos olhos dos nossos oficiais da Lei. Depois de confirmada a verdade dos factos, dois ou três, roubaram-me o assalto e tomaram o assunto nas suas próprias mãos. Até que um deles, confiante e seguro de si saca do seu canivete à Macgyver e num toque de mestre põe um fim à questão, a qual remata com ar de gabarolas: - "Vá já me deve um jantarinho!" - enquanto os tiques de orgulho próprio se manifestavam freneticamente... Orgulhosos com a prestação do colega e entre piadinhas e sorrisos de circunstância, lá se enfiam os quinze nos três carros e eu no meu... da próxima vez que tiver de assaltar o meu carro chamo logo a bófia!
Demoraram 40 minutos até aparecer no local do crime para impedir um assalto, que diga-se em boa justiça qualquer ladrãozeco de meia-tigela o teria feito em menos de dez e ainda teria meia-hora para, em bom português, "se pôr nas putas". Mas verdade seja dita, que em termos do trabalhinho sujo este Sr. Ladrão Policia mostrou perícia, experiência e savoire-faire... não foram precisos nem cinco minutos. Quem dera a muitos ladrões...!

quarta-feira, setembro 20, 2006

quarta-feira, setembro 13, 2006

Invisible Red


Este é o mais novo dos meus blogs de visita regular. Pertence a um amigo. À sua empresa. Para os AD Dicted é um sitio a não perder...

terça-feira, setembro 12, 2006

quinta-feira, agosto 31, 2006

Os Chineses Mataram o Vergas!

Morreu o Monumental Salão Jogos... Albergue preferido de tantas e tantas gerações, uma segunda casa para muitos e primeira casa para alguns. Para quem passou a sua idade liceal nas zonas do Rato/Estrela o Vergas, nome pelo qual era mais conhecido pelos seus degenerados frequentadores, é... era incontornável! Foram poucos aqueles que não chumbaram a pelo menos uma disciplina (para não dizer um ano!), por sucumbirem às forças mágicas do Antro. Nomes em primeiro, campeonatos de snooker, o bilhar so para alguns, os jogos na mesa grande, o Daytona, o Shôr Mal-Disposto e o Sr. Salgueiro, até as raspadinhas no quiosque. Não havia nada melhor do que abrir o Vergas, às 10 da manhã de uma segunda-feira, e não éramos poucos...
Ao que parece a Morte do Monumental Salão de Jogos é assunto tabú, ninguém fala, ninguém diz nada, mas já se sabe que a culpa é dos chineses... é incrivel como é que permitem que um edifício que é património arquitectónico nacional se torne numa mega-loja de chineses, já há poucas...! A mim cortaram-me um bocado da juventude, é como se, com esta apropriação por parte desta praga, me levassem horas e horas de lazer que eram minhas e que estavam guardadas naquelas quatro paredes.
Uma coisa posso garantir os Chao Ming, da minha parte, não levam um tostão...

segunda-feira, julho 31, 2006

Festival Músicas do Mundo - Sines 2006

Entre finos e imperiais, freaks e rasta-partas, brancas e boémias e algumas coca-colas, tendas e sacos cama, pinhas e buzinas, muitas Sr. Garcia e algumas de Gazela. Barris e mais barris entre lama e terra escura, muito riso e mais algum e uma ou outra vida paralela. Horas pesadas que demoravam a passar entre não fazer nenhum até não conseguir parar. Deitar tarde, de manhã, mas não mais que cinco horinhas, tarde erguer, ao fim da tarde, já sem braços nem perninhas. Boa música em alguns casos, mas bons músicos em quase todos. Foi bom e valeu a pena. Para alguns ainda melhor. Para o ano há mais, da Zorra e do Tio Miguel, das entregas personalizadas e das trocas de favores, dos fritos do tambor e das crianças mal-criadas, do gang do boné e das filhas de presidentes desvairadas...

quinta-feira, julho 20, 2006

Teorias do Abusador

- Edna Andreia da Silva Costa...! Cada nome que saía daquela boca de sapo fazia estremecer qualquer um. Enfiados num corredor estreito e escuro, como se da matança do porco ou da vaca se tratasse, esperavam cerca de 25 infelizes. Eu também! Todos queriam ser chamados o mais rapidamente possível para acabar com aquele sofrimento ridículo. Nem 20 minutos tinham passado e os chumbados apareciam aos bandos. Humilhados, bombardeados... reprovados. Os adjectivos usados para caracterizar o autor do chumbo eram tão variados e duros, alguns chegavam mesmo a ser porcos, quanto verdadeiros. Ele merece-os! É um grande homem! A tensão aumenta, à medida que mais nomes vão sendo gritados para entrar na matança. Meia-hora depois e : "Bom, vamos lá ver, eu nao tenho muito mais tempo, tenho de sair!" - Isto é o cúmulo. Este Sr. Otário, porque não tem, nem merece outro nome, convoca 30 pessoas para uma avaliação oral e passados trinta minutinhos... "tenho mesmo de ir! Venham cá na sexta-feira as sete e meia da tarde". Ora isto é de dar a volta às visceras! Metade foi ali, simplesmente, passear. Só pode ser uma piadinha... mas não! E aquilo que mais era ansiado por todos, acabar definitivamente com uma relação indesejada, mas no entanto obrigatória, com um taco de pia, metido a motard, com tendências homosexuais (só visto) e ainda por cima arrogante, ficou adiado! Fazem o que querem, quando querem e como querem e ainda temos de lhes pagar por cima. A peso de ouro!
Aquela mota já esteve mais segura...

sexta-feira, junho 23, 2006

quinta-feira, junho 22, 2006

terça-feira, junho 20, 2006

Funny George I

Parece que é, mas não é...!

É incrivel a capacidade de deturpamento da realidade que possui a combinação maquiagem e lente. Esta mulher que aqui apresento, Fergie dos Black Eyed Peas, é simplesmente o susto em pessoa. A comparação com o Buldog Terrier é inevitável. É escanzelada e mal encarada, parece que está em permanente tristeza, quase de beicinho. As sobrancelhas, em vias de extinção, dão-lhe uma expressão de velha e matriarca concubina.
É, de facto, uma tristeza muito grande apercebermo-nos de que fomos totalmente ludibriados por um largo período de tempo. Para mim, a partir de agora, apreciações finais só depois visualizadas "in loco". A mim já não me enganam....

quarta-feira, junho 07, 2006

Fragmentos I

"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
É curioso que, sendo escassa a minha capacidade de entusiasmo, ela é naturalmente mais solicitada pelos que se me opõem em temperamento do que pelos que são da minha espécie espiritual. A ninguém admiro, na literatura, mais que aos clássicos, que são a quem menos me assemelho. A ter que escolher, para leitura única, entre Chateaubriand e Vieira, escolheria Vieira sem necessidade de meditar.
Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende da minha subjectividade. E é por isso que o meu estudo atento e constante é essa mesma humanidade vulgar que repugno e de quem disto. Amo-a porque a odeio. Gosto de vê-la porque detesto senti-la. A paisagem, tão admirável como quadro, é em geral incómoda como leito."
BERNARDO SOARES in Livro do Desassossego

Meet your Meat

Sem qualquer pretensão de coisa alguma, proponho que vejam:

ttp://www.goveg.com/factoryFarming.asp

terça-feira, junho 06, 2006

sexta-feira, junho 02, 2006

Portugal em Fragmentos II

Ele há com cada um...! Hoje deparei-me, uma vez mais - e já lá vão umas quantas - com a estupidez fossilizada que caracteriza grande parte das nossas forças policiais, mais precisamente aqueles a quem o povo chama, com algum carinho, chibo municipal. Normalmente esta espécie de agente da autoridade apresenta-se com uma enorme barriga, farto bigode e uma predisposição fora do normal para não fazer nada, pelo menos nada de produtivo. Fazem questão de demonstrar que não são um manequim mascarado de bófia e que quem manda ali são eles, a Autoridade. Passo a contar o sucedido: Meia-noite. Ruas práticamente vazias. Ali para os lados de quem lê. Uma jovem dirige-se, depois de mais um dia de árduo trabalho, para a sua viatura. Entra no carro. Despede-se dos colegas com um aceno. O Agente, ciente que está do seu trabalho, já a tem na mira. A cachopa coloca o cinto, liga o carro e faz uma inversão de marcha passando por cima de um traço contínuo, nas barbas do chui! Que afronta! A ele quase que lhe saltavam os pulmões pelo apito, enquanto avançava, indignado, com aquele passo de agente desautorizado. Adverte a moça, que imediatamente se desfaz em desculpas. E eu cá para mim, que sou perito em levar a cana destes tipos, pensava: - Pronto, já estás! - Mas não. Este distinto agente da autoridade, enquanto exibia a sua gran' técnica no real manejo do apito, executando toques secos e estridentes como ninguém, remata com esta: - Volte já para trás! Agora é o Agente que a manda cometer a infracção! A miúda até ficou confusa : - Será que este fóssil me está a tentar enganar!? Não! Esta é a forma correcta de lidar com uma contra-ordenação muito grave. Não há cá multas, avisos ou advertências. Vamos lá repetir a infracção, mas agora com o consentimento da Autoridade. Eles é que mandam...

quarta-feira, maio 31, 2006

terça-feira, maio 30, 2006

Mr. George Carlin I

"I'm a modern man, a man for the millennium, digital and smoke-free, a diversified multi-cultural post-modern deconstructionist, politcally, anatomically, and ecologically incorrect. I've been uplinked and downloaded, I've been inputed and outsourced, I know the upside of downsizing, I know the downside of upgrading. I'm a high-tech lowlife, a cutting hedge state-of-the-art bi-coastal multitasker, and I can give you a gigabyte in a nanosecond. I'm new wave, but I'm old school, and my inner child is outward bound. I'm a hot-wired, heat-seeking, warm-hearted cool customer, voice-activated and biodegradeble. I interface with my database, and my database is in cyberspace, so I'm interactive, I'm hyperactive, and from time to time, I'm radioactive. Behind the 8-ball, ahead of the curve, riding the wave, dodging the bullet, pushing the envelope. I'm on point, on task, on message, and off drugs. I got no need for coke and speed. I have no urge to binge and purge. I'm in the moment, on the edge, over the top, but under the radar. A high-concept, low-profile, medium-range ballistics missionary. A street-wise smart bomb, a top-gun bottom-feeder. I wear power ties, I tell power lies, I take power naps, I run victory laps. I'm a totally ongoing bigfoot slamdunk rainmaker with a proactive outreach. A raging workaholic, a working rageaholic, out of rehab and in denial. I got a personal trainer, a personal shopper, a personal assistant, and a personal agenda. You can't shut me up, you can't dumb me down, 'cause I'm tireless, and I'm wireless. I'm an alphamale on beta blockers. I'm a non-believer and an overachiever, laid back, but fashion forward, up front, down home, low rent, high maintenance; super size, long lasting, high definition, fast acting, oven ready, and built to last. I'm a hands-on, footloose, kneejerk headcase, prematurly post-traumatic, and I have a love child who sends me hate mail. But I'm feeling, I'm caring, I'm healing, I'm sharing, a supportive, bonding, nurturing, primary caregiver. My output is down, but my income is up. I take a short position on a long bond, and my revenue stream has its own cash flow. I read junk mail, I eat junk food, I buy junk bonds, I watch trash sports. I'm gender specific, capital intensive, user friendly, and lactose intolerant. I like rough sex, I like tough love, I use the F-word in my e-mails, and the software on my hard drive is hardcore, no soft porn. I bought a microwave at a minimall, I bought a minivan at a megastore, I eat fast food in the slow lane. I'm tollfree, bite size, ready to wear, and I come in all sizes. A fully equipped, factory authorized, hospital tested, clinically proven, scientifically formulated medical miracle. I've been prewashed, precooked, preheated, prescreened, preapproved, prepackaged, postdated, freeze dried, double wrapped, vacuum packed, and I have an unlimited broadband capacity. I'm a rude dude, but I'm the real deal, lean and mean, cocked, locked, and ready to rock; rough, tough, and hard to bluff. I take it slow, I go with the flow, I ride with the tide, I got glide in my stride. Drivin' and movin', sailin' and spinin', jivin' and groovin', wailin' and winnin'. I don't snooze, so I don't lose. I keep the pedal to the metal and the rubber on the road. I party hardy, and lunch time is crunch time. I'm hangin' in, there ain't no doubt, and I'm hangin' tough, over and out."

George Carlin: Life is Worth Losing (2005) and When Will Jesus Bring the Porkchops (video)

sexta-feira, maio 26, 2006

O Execrável Bicho dos Inquéritos (Parte II)

...este bicharoco assustador exigia a todos aqueles que com ele se cruzassem a realização de trabalhos muito, muito pesados, enfadonhos e quase inúteis. Quem ousasse não os fazer... tinha o destino traçado! O execrável - era assim que era mais conhecido - grande e gordo como era, impunha muito respeito, não só pelo seu aspecto, capaz de provocar o górgito aos mais sensiveis, mas também porque tinha poderes de magia. Uma magia negra e destrutiva. Dos cabelos tirava piolhos assassinos do tamanho de gatos. Da boca disparava perdigotos ácidos e bombinhas de mau cheiro. Debaixo dos braços, labaredas pêlos, alguns com mais de um metro, estavam a postos para atacar. Tinha ainda um chicote escondido dentro das calças que fazia estalar de quando em vez, assim em tom de ameaça. Não havia quem lhe fizesse frente. Era, realmente, o mais execrável dos bichos, este dos inquéritos...
Assim todos tinham que pagar, se por ele quisessem passar. E todos pagavam. Trabalhavam dias e dias a fim, no duro, quase de sol a sol, em condições sub-humanas...

(continua)

sexta-feira, maio 19, 2006

quinta-feira, maio 18, 2006

quarta-feira, maio 10, 2006

O Execrável Bicho dos Inquéritos (Parte I)

Era uma vez o execrável bicho dos inquéritos. Era um bicho muito, muito feio que vivia no último andar de um prédio muito velho. Vivia sozinho(a) porque ninguém conseguia estar ao pé dele(a) por mais de 10 minutos. Era gordo(a), e velho(a), devia ter para aí uns 400 anos e estava sempre, sempre a fumar. Fumava tanto que as paredes da sua casa já estavam amarelas, e os seus dedos também. Cheirava mal da boca e dos pés e o cheiro que provinha debaixo dos seus braços dava o aroma nauseabundo que caracterizava a sua casa. Usava umas roupas horríveis e sempre fora de moda. Umas calças, por cima da gorda barriga, lutavam por se manterem apertadas. As botas, mais velhas que a Sé de Braga, tinham buracos que deixavam ver os pés mais feios que alguém já viu. Na ponta do nariz, que coçava freneticamente de minuto a minuto, vivia uma verruga enorme, habitada por 4 grandes cabelos. Este execrável bicho aterrorizava e continua a aterrorizar tudo e todos...
(CONTINUA)

terça-feira, maio 09, 2006

Estoril (Summer) Open

Acabou a semana que antecede e assinala o início do Verão. É a chamada semana dos duros, que prepara sem igual qualquer um que a consiga superar. É um programa muito completo com a duração de um mínimo de cinco dias. Trabalha vários aspectos técnicos e físicos, sendo o mais importante a endurance. O horário é flexivel, mas a dedicação é muito valorizada e traz alguns benefícios. (Nunca depois das três da tarde). Aconselha-se ir bem alimentado. Existem várias técnico-tácticas de participação, assim como diferentes tipos de participante. Todas as idades são aceites, dos 21 aos 101. Este programa não pretende ser uma competição, mas um treino num desporto que é individual, embora não se deva jogar sozinho. Quantos mais amigos melhor. A logística que acolhe este evento é quase perfeita e o ambiente criado, a não perder. Aconselha-se, igualmente, que seja fiel à escolha da bebida que elege para a sua semana. Os custos de participação... não são. Bendita pulseira multicor! Quem quiser, durante esta semana, pode também ver uns joguitos de ténis...

sexta-feira, abril 28, 2006

Casino de Lisboa - Cocktail Dinnatôire

Vedetas e vedetinhas, armanis e plásticas. Uns aparecem para ver, outros simplesmente para serem vistos. "Gente que é gente, está cá". E eu também. Tudo está no sítio. Não há um cabelo no ar, nem uma careca despenteada ou sem lustro. Não há unhas sem verniz ou rugas sem base. Não há barbas por fazer, nem promenor sem cuidado. O aprumo é sem excepção e quase letal. Encarno a personagem do high society (leia-se medium), que recebo em copos de champagne e já sou um deles. O verdadeiro pseudo-vip. Os restaurantes, que inauguram, oferecem pequenos regalos para o estômago... mas mesmo muito pequenos. Só os intrujas, estratégicamente, se safam. Estamos na linha da frente. O ataque é fulminante e sempre dos mesmos que, volvidos mais alguns champagnes, trocam já entre si sorrisos cúmplices e comentários elogiosos aos appetizers. Dão ares de nouvelle cuisine e são uma satisfação, também visual. Bebo mais Chandon e fome já não tenho. Os que vão só para dizer que foram, já não estão. Cumpriram a sua missão, apareceram. Uns, já não têm "nem idade nem estatuto". Outros, á procura da sorte, mudaram de sala. Sobram os putos, alguns já têm 50, ou mais. Outros nem tanto. Mudo para um tónico. Vodka. Sempre na melhor companhia e em subtil regozijo, observo a evolução dos ânimos que, agora, é rápida. Dos meus também. Chegou ao fim e valeu a pena aparecer. Não somos os últimos, mas quase. Mudamos de sala. É nossa vez de procurar a sorte. Desta vez, encontrámos...

quinta-feira, abril 27, 2006

Teoria da Conspiração?

Take the Red Pill
Uma perspectiva tão assustadora como a possibilidade de ser real.
Documentário de 1 hora, realizado por Dylan Avery. (clique na imagem)

sábado, abril 22, 2006

(Des)Abafo II

Defeitos com feitio... fieis ao facto de ser quem sou, seguem-me sem os notar. Tão de perto que, por vezes, nem os vejo. Inconstantes, mas sempre os mesmos. São meus reféns. Guardo-os, não sei onde nem porquê. Não os quero, mas são meus...

quinta-feira, abril 13, 2006

segunda-feira, abril 10, 2006

Addicted III - (O Regresso)

Volto ao mesmo filme, parado, em pause. A tristeza e melancolia de deixar um sonho bom acordaram, hoje, comigo.Trouxe-as para casa, mas já foram. A realidade, que ja é, expulsou-as, gentilmente, de mim. Para trás, um estilo de vida que podia ser o meu, aguarda, pacientemente ansioso, uma nova oportunidade para me tentar...

domingo, abril 02, 2006

Addicted II

Não posso. Não devo. Mas vou. A toque de caixa, empurrado por uma vontade que é só minha, independente dos outros. Egoísta... mas pura!

sábado, abril 01, 2006

Pirelli: The Call

A Pirelli seguiu os passos da BMW e colocou online o seu primeiro filme... The Call. É uma curta-metragem protagonizada por John Malkovich e Naomi Campbell, com realização de Antoine Fuqua.

sexta-feira, março 31, 2006

Extremas Medidas...

Q. 2

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela acaba. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente. Devíamos morrer primeiro e vermo-nos, logo, livres disso. Depois vivíamos num lar até sermos expulsos de lá para fora por estarmos demasiado novos. Ganhamos um relógio de ouro e vamos trabalhar. Então, trabalhávamos durante 40 anos até ficarmos suficientemente jovens para gozar a reforma. Nesta altura, curtíamos tudo. Bebíamos bastante, fazíamos festas e preparávamo-nos para a faculdade. Íamos para a escola. Tínhamos várias namoradas e voltávamos a ser crianças. Não temos nenhumas responsabilidades. Tornávamo-nos um bébé de colo e e voltávamos para o útero da nossa mãe. Passávamos os últimos meses da nossa vida a flutuar...

Tudo acabaría com um óptimo orgasmo! Não seria perfeito?"

Charles Chaplin (1889-1977)

Curiosos Fragmentos

Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das
lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema.
O que ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta
etsajem no lcoal cetro. De rseto, pdoe ler tduo sem gardnes
dfiilcuddaes... Itso é prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo
um tdoo e nao lreta por lerta.

quarta-feira, março 29, 2006

Fragmento VI

Às vezes sinto-me parado e a marcar o passo, sem o dar. Ao meu lado, no chão, um buraco criado por um pé, que não anda, vai crescendo... À sua volta, as marcas do contra tempo surgem, mas são timidas. O ritmo é longo e moderado, há muito. Preciso de um solo de alma que dobre o tempo marcado e parta o ritmo em três, ou mais! Quero parar de dar passos em volta de mim mesmo. Quero fazer a música, não marcar o ritmo....

Em bom Portug(al)uês

Neste Portugal imenso, quando chega o verão, não há um só ser humano que não fique com tesão. É uma terra danada, um paraíso perdido. Onde todo o mundo fode, e todo o mundo é fodido. Fodem moscas e mosquitos, aranhas e escorpiões, fodem pulgas e carrapatos e as empregadas c'os patrões. Os brancos fodem os pretos, com grande consentimento, há Amigos que fodem as noivas até à hora do casamento. O General fode o Ministro, a Autarca a ordem de prisão. E os da Assembleia da República vivem fodendo a nação. Os frades fodem as freiras, o Padre fode o sacristão, até na seita do crente o pastor fode o irmão. Todos fodem neste mundo num capricho que alívia e os danados dos VIP'S fodem os putos da Casa Pia. Parece que a natureza, a todos nos vem dizer que andamos neste mundo somente para foder. E você, meu nobre amigo, que agora se está a entreter, se não gostou da poesia, levante-se e vá-se foder!!!
Autor Desconhecido
Também, pudera, se fosse conhecido, tava fodido!!!

quinta-feira, março 23, 2006

quarta-feira, março 22, 2006

(Des)Abafo

Frases egoístas assim como actos, palavras pesadas e antigas que somam às novas. É uma bola que não é de neve...

terça-feira, março 21, 2006

Fragmento V

Numa mão, um cigarro que apago. Na outra... um copo espera, pacientemente, por uma nova dose, que não demora. Está escuro. A noite chegou e veio para ficar. Traz consigo o frio que se instala sem ser convidado. E fazem-me companhia. O whisky, de volta ao copo, torna suportável a sua presença. Habituo-me e já não sinto. E devagar, quase sem dar por isso, vou deixando de ser...

segunda-feira, março 20, 2006

Fragmento IV

Com passos leves e curtos percorro um caminho que, sem escolha, me espera. Desconhecido, imprevisível e único. É um corredor largo, com várias portas e janelas. Há portas nos tectos e a meio das paredes, assim como janelas no chão. Umas estão abertas, alguém não as fechou. Outras escondidas, são quase secretas. Portas e janelas cada uma com a sua paisagem, mas não para sempre. Por vezes e sem aviso, desaparecem ou mudam de lugar, são independentes, com vida própria, apesar de serem minhas. Algumas fecham-se ao simples toque e o vidro das janelas é inquebrável. As portas, têm chaves. Cada uma a sua. Encontro várias, mas não abrem, guardo-as. O caminho, que vai passando, não pára e é constante. Desconhecido, imprevisível e único. É o meu caminho.

sábado, março 18, 2006

O Cego

Um publicitário passava por um mendigo cego todos os dias, de manhã e à noite. Dava-lhe sempre alguns trocos. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase: "Cego de Nascimento. Uma esmola por favor". Uma manhã, o publicitário virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como é que tinha sido o seu dia. O cego respondeu, muito contente: Até parece mentira. Foi um dia extraordinário. Todos que passavam por mim deixavam alguma coisa. Afinal, o que é que escreveu no letreiro?! A frase era: "Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la". A maioria das vezes não importa O Que diz, mas Como diz... por isso tenha cuidado na forma como fala com as pessoas, porque isso tem muito peso naquilo que quer dizer.

sexta-feira, março 17, 2006

quinta-feira, março 16, 2006

Q. I

I believe in God, only I spell it Nature.

Frank Lloyd Wright (1869 - 1959)

quarta-feira, março 15, 2006

Clássico II

Dr. Hannibal Lecter:

A census taker once tried to test me. I ate his liver with some fava beans and a nice chianti.

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I do wish we could chat longer, but I'm having an old friend for dinner.

Silence of the Lambs 1991

terça-feira, março 14, 2006

Fragmento III

O impasse em que estou provoca em mim uma ansiedade que, não sendo constante, surge quando quer e bem lhe apetece, sem controlo ou medida. Cheguei a um ponto de viragem em que, como em tudo na vida, não tenho total controlo. Mas quero!

ML Party

De expectativas ao alto, avanço confiante. O aparato, artificialmente montado impressiona... mas não muito. Ao corpo, que ainda sofre, não apetece. A mente, expectante, empurra convicta. As pessoas são as mesmas e mais algumas. Gentes de aparência trabalhada, bonitas e bem postas, outras que trabalharam demais e não tão bem se colocam. Uns que são ninguém, outros que acham que são, passeiam-se por ali sem destino aparente. Devagar e a custo zero o corpo deixa de sofrer. As expectativas, não alcançadas, já não são tão importantes. O ambiente está criado e não faz justiça à sua fama. Tempo de ver caras amigas, olhar outras que ainda não, tempo de deixar presença. Olhares cúmplices que se cruzam enchem a sala e o ego. De repente e sem aviso o bar, que era aberto, deixa de haver. É o início do fim. Uma garrafa no bolso de outro dá-nos mais tempo, mas pouco. À saída, só os duros, e uns outros que tais. Ainda há tempo para uma batucada mas sem alma . As cabeças estão cheias e o corpo pede cama...

sexta-feira, março 10, 2006

ML I

Hoje cedo, um corpo contrariado e dorido, bate-se na eterna guerrilha do acordar. Os olhos não vêem e o tempo não para. São horas do Europa, mas noutro filme. Há muito que toca a sinfonia de um outro Beethoven, mas sem efeito... Em menos de um instante e num rasgar de responsa estou a horas onde é suposto. Caras conhecidas de outras andanças são mais uma vez parceiros, colegas e alguns amigos. O dia é longo e o tempo parou. Carros, carrinhas, baias e barreiras, naves, navetes, tranfers e pessoas, mulheres que são lindas e enchem a vista e homens que são mulheres que a deixam descansar... baixa-se o sol e chega a noite. Elevam-se os ânimos alcoólicos de alguns vips anónimos e de outros nem tanto. Findo o dia, apagadas as luzes, o tempo volta ao seu tempo normal, mas nao por muito, só até amanhã!

quarta-feira, março 08, 2006

Clássico I

"All i have in this world is my balls and my word and i don't break'em for no one do you understand?"

"You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend..."

Al Pacino/ Scarface

domingo, março 05, 2006

Sonhei?!

Saio de casa a correr, mas sem pressa, desço as escadas encostado à parede húmida que não reconheço, no lugar da porta está uma janela. Não sei onde estou. Continuo a descer, por degraus que não existiam à procura de uma saída. Sem dar por isso estou na rua, vazia e abandonada. Sei que estou sozinho. Não há sinais de vivalma. A rua, que é a minha, está diferente, os prédios estão fora do lugar. Corro e grito por alguém mas a voz é muda e não me oiço. Deambulo pela cidade que é fantasma, disforme e cheia de silêncio. Já não é a mesma. Não é a minha cidade.

sábado, março 04, 2006

Ezekiel 25:17

" There's a passage. I got it memorized. Ezekiel 25:17. The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of the darkness. For he is truly his brother's keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know I am the Lord when I lay my vengeance upon you.
I been sayin' that shit for years. And if you ever heard it, it meant your ass. I never really questioned what it meant. I thought it was just a cold-blooded thing to say to a motherfucker before you popped a cap in his ass. But I saw some shit this mornin' made me think twice. Now I'm thinkin': it could mean you're the evil man. And I'm the righteous man. And Mr. 9mm here, he's the shepherd protecting my righteous ass in the valley of darkness. Or it could be you're the righteous man and I'm the shepherd and it's the world that's evil and selfish. I'd like that. But that shit ain't the truth. The truth is you're the weak. And I'm the tyranny of evil men. But I'm tryin', Ringo. I'm tryin' real hard to be a shepherd. "
Pulp Fiction 1994

sexta-feira, março 03, 2006

Addicted I

Quero ir! Quero da noite que se transforme em dia e a paisagem em tons de branco. Quero o ar rarefeito de uma montanha só minha. Quero do vento que passe e o chão a fugir. Quero do tempo mais tempo e o nevão a cair.

quarta-feira, março 01, 2006

Fragmento II

Pergunto-me se existe, em qualquer lugar, uma lista numerada das crateras que são abertas em Lisboa diáriamente. É revoltante e visceral o sentimento que se apodera de mim ao ver a minha velha cidade esventrada por patetas de fato. Abrem-se túneis porque sim, mais um buraco...? Porque não!? Será que existe algum critério? Quero acreditar que sim, mas a realidade que me é apresentada dia sim, dia sim é de uma total e completa irresponsabilidade infantil em busca da "obra feita"... é triste! E enquanto isso a minha cidade, cansada e antiga, sofre em silêncio.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Carnavirose

Uma virose mascarou-se de mim... andava já à semanas a pensar do que se iria mascarar. Experimentou até, segundo soube, outras máscaras... no fim das contas, escolheu-me!

Aceito rendido e sem remédio. Visto a capa de virose e a máscara do Gregório e gozo o meu Carnaval... sozinho!

Religião

"Religion is what keeps the poor from murdering the rich"
Napoleão

domingo, fevereiro 26, 2006

Splif

Pensamentos que surgem sem nada para dizer, escondidos num sitio que não encontro, assaltam-me de repente e sem saber já estou num outro ponto do globo. Dou por mim assim, sem querer, por força de ideias perdidas, longe do sitio onde estou... sozinho em terras esquecidas.

sábado, fevereiro 25, 2006

"Go slowly among the noise and the haste and remember what peace there may be in silence..."
Anónimo

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Fragmentos de Vista I

Fragmento I

O blog... hoje em dia toda a gente tem um blog. Será contagioso? Até eu tenho um blog. Como é que alguém, que na realidade não tem nada para dizer consegue por as mãos num blog... nao se percebe. Devia haver um processo de selecção rígido, com várias fases...