quinta-feira, dezembro 10, 2009
Flashback
Kompensan?
L.
sábado, dezembro 05, 2009
Arte De Raiz
Just a thought...
segunda-feira, novembro 23, 2009
sexta-feira, novembro 20, 2009
Someone said...
quarta-feira, novembro 18, 2009
A ver vamos...
Enemies I
segunda-feira, novembro 16, 2009
quinta-feira, novembro 12, 2009
O Regresso II
sexta-feira, novembro 06, 2009
quarta-feira, junho 03, 2009
(Des)Abafo
Não escrevo. Não tem apetecido. Mas sinto falta que apeteça. Sinto falta da vontade de carimbar letras num monitor. De escrever uma frase que abra portas, às vezes janelas ou outras fissuras, para mais algumas - muitas - palavras. Nem que sejam soltas. Perdidas, desconexas. Acho que os temas não me encontram. Não me abalam, nem puxam. E agora não os sinto. Não os penso em forma de texto, não os filtro para as teclas. Mas não me importo. Seguro, guardo e espero o momento em que as frases me voltem a roubar o tempo que lhes emprestava, que me voltem ser tatuadas nas pontas dos dedos as letras soltas de um qualquer teclado.
quarta-feira, maio 13, 2009
quarta-feira, abril 08, 2009
segunda-feira, março 23, 2009
quinta-feira, março 19, 2009
Q de Quê...?
Conheci alguém com um certo Q. Um Q de queda-te aqui quieta comigo, um Q de quero-te tantas e quantas as vezes quantas me queiras... e mais algumas. Um Q de não conseguir conter palavras. Q de quem és tu? Um Q de cair de quatro quando te vejo. De querida, querida, querida. Um Q de quando, como e porquê. De coro sempre quando chegas. Um Q de conheço o teu sorriso de cor e nem o Q de quântico o explica. Um Q de tanta quantidade como de qualidade. Um Q de gosto de ti, de quietly in love, de quanto mais melhor. Q de (quase) perfeito, de queres namorar comigo? Um Q de quero tudo, Q de ti, Q de nós. Um Q de conta comigo, de quero-me contigo. Q de criativa, Q de artista. Q de quá-quá. Um Q de sorriso infinito, de quimera meu anjo azul. Q de página em branco, de tranquilidade. Q de arde, sem queimar. Q de querer conhecer-te mais e mais...
O Q é uma letra complexa e difícil de desenhar. Curiosa, no mínimo original. Q de quê...?
sexta-feira, março 06, 2009
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Diferença, diferente?
A diferença está no nós. Não em mim. A diferença é o curto espaço entre nós. No que se passa e não em quem se passa. Num conjunto de formas. Numa silhueta. No que não se explica. No que verdadeiramente é. O Abstracto não tem forma. Existe.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Voar Baixinho
...
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Desportos Radicais by João Paulo Cotrim
Eu não tinha prancha de surf. Também não havia praia, só uma rua a descer. A vida está cheia de histórias com ruas a descer. Nunca tive equipamento de escaladas. A rua fazia fronteira com umas terras também chamadas montes, mas nada que justificasse cordas e mosquetões. As ruas que descem dão sempre para lugares que sobem. Ali e então não havia eu mas nós, vários grupos de nós que se cruzavam de mil maneiras noutros tantos nós atados e desatados. Nós vivíamos com os pés ora no alcatrão ora no granito, a melhor das terras para receber raízes. Naquele vale escuro, que seria Lisboa se Lisboa tivesse montes e ruas que descem, surgiram os mais absurdos dos desportos radicais. Morreram com a nossa infância. Daí a ignorância geral e, aquela que me dói mais, a do comité olímpico acerca do pingue-pongue-em-mesa-de-cozinha-de-fórmica-e-esquinada ou do futebol-de-cabeça-em-vãos-de-escada-com-mais-de-dez-degraus. Cada modalidade sobrevivia pouco ao frenesim de uma época. Assim aconteceu com o pingue-pongue até por carecer de redes e raquetes e bolas, mínimos que não eram óbvios. A mesa esquinada, para quem não saiba, é terreno movediço: não segura a rede com propriedade – o que pede atenção redobrada; os campos não são uniformes – exigindo complicados cálculos geométricos; e os rebordos imprimiam movimentos de funâmbulo nas massacradas bolas. Só com olhos de águia e rins de malabarista se conseguia puxar uma bola que acabava humilhada no meio da loiça. Os golpes de rins voltavam a ser de utilidade no futebol-de-cabeça-em-vãos-de-escada-com-mais-de-dez-degraus. Mudava-se de campo aos dez ou mais cedo se aparecesse a vizinha do rés-do-chão. Sem drama que havia muitas portas. A chicha estava por regra proibida de tocar no chão encerado com sabão amarelo. O jogador de baixo estava altamente penalizado, mas era-o à vez. Isto da gravidade nas ruas que descem é lixado. Pagava-se o preço com a elegância das elevações e dos movimentos de cabeça. A gravidade vence-se pela dança. Tudo se ganha com uma corridinha. As corridas tratavam de preencher os intervalos entre as modas. Antes dos carrinhos matchbox nos paralelepípedos das bordas dos passeios foi a glória das caricas-com-casca-de-laranja-quem-cair-volta-atrás. Não tinha que saber: os carrinhos desciam por si, na carica tornava-se imperativo o piparote, em geral, com o indicativo embora um ou outro rebuscado usasse o polegar. A sujidade fazia parte do jogo, aliás como sempre. Período de duração anormal, foi o da fórmula 1 em carrinhos de esferas. Assaltaram-se as oficinas de automóveis com pedidos de rolamentos a ser tecnicamente aplicados em ripas ou mesmo paus. O semi-eixo traseiro era fixo, o dianteiro movia-se com a ajuda dos pés-travões e de uma corda-volante. Sobre ambos assentava uma tábua mais larga, cabina onde se sentava o piloto equipado com suor. A descida da rua produzia ruído industrial capaz de acordar cidades moribundas e a prova disso estava na velha surda do terceiro. Bem que ela gritava as nossas culpas no avanço da morte em direcção ao marido doente. Havia quantidade e variedade de velhos e doentes, mas nenhum se passou por causa dos desportos radicais. Alguns carrinhos eram de marca, como a muito popular estrela da Mercedes, e só esses davam os cem à hora que a organização exigia. A meta oficiosa era na curva e à molhada. As ruas que descem são perigosas. Nada de mais, apenas inclinação. Os montes subidos também continham a sua dose de risco, cenário exacto para o Castelo. Sustenha-se a respiração. Uma navalha esculpia na terra como uma tatuagem aquele exemplo de clássica arquitectura militar. A conquista havia tinha que se rasgar com percursos unidos pelas armas que se espetadas na terra. Contavam apenas as que ficavam hirtas e vibrantes. Grande aventura, ter uma navalha na mão no meio dos montes para a atirar com força e gritos. Os gritos são indispensáveis. Nem tínhamos que jogar bruto, mas aí aliviava bastante. Contra um árbitro, que segurava a cabeça do primeiro e por isso se chamava mãe, um grupo enfileirava-se de costas dobradas, cabeça debaixo das pernas do da frente, enquanto o outro grupo saltava de joelhos nas costas. Quem não aguentasse, perdia. Quem não aguenta, perde. Não é diferente fora das histórias: gritar ajuda. Doía mais o círculo dos calduços por causa do silêncio imposto. No meio de uma apertada roda de estátuas proibidas de mostrar os dentes alguém se mexia como doido. Se parasse oferecia a nuca à fortíssima palmada anónima. Se vislumbrasse o autor, caía ele no buraco negro. Não era fácil trocar de abismo. Mais radical só mesmo a porrada, mas nas ruas que descem andar à porrada requeria ou muitas regras ou regra nenhuma. “Cinco decilitros”, tal o nome da pequena peça representada na sequência de uma provocação grave e respectivos empurrões gritados. Alguém tomava a iniciativa de cuspir para o chão. Nas ruas que descem, cuspir era tão indispensável como gritar. Dos contendores aquele que pisasse primeiro a bisga, estava obrigado a oferecer os tais cinco decilitros ao outro. Consistia o gesto em lamber os cinco dedos da mão e, suprema humilhação, tocar com essa humidade o rosto do parceiro. Ficava, então, do lado dele a obrigação do primeiro murro. Por essa altura, entediados com o ballet, choviam sugestões radicais logo ali aceites. Nas ruas que descem é grande o poder de sugestão.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Às vezes...
domingo, fevereiro 08, 2009
Parecia há 10 anos, no Indústria
sexta-feira, janeiro 30, 2009
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Foi o que ele disse...
Michael Jackson